No dia de hoje dez anos atrás
sindicalistas gritavam nos megafones
ali em frente, no prédio dos Correios.
A realidade nos alcançava, nos invadia.
No dia de hoje dez anos atrás
havia em casa uma celebração invertida
uma algazarra de silêncios.
Eu gritava para dentro, chorava pelo avesso.
Me extinguia também, um pouco.
No dia de hoje dez anos atrás
o vácuo tornava-se rotina, como
um tronco oco, um hiato perene.
Uma queda contínua, sem chão,
esboço do meu próprio fim.
Que lindo, Paulinho! Beijos, Karla
ResponderExcluirObrigado, Karlinha. Um beijo.
ResponderExcluirMassa!!!
ResponderExcluirPoetize-se cada vez mais
amigo amante das letras!!!
parabéns,
beijos
Obrigado, Antonia. Mas um velho amigo dizia que felicidade não faz boa poesia. E eu prefiro ser feliz.
ResponderExcluirContinue poetizando-se também, evocando o Chile belo e sofrido que há em você.
Um beijo.