sábado, 3 de janeiro de 2009

As espirais da história

Ninguém em sã consciência poderia achar que o fascismo se extinguiria completamente após o último tiro disparado em 1945, e as décadas seguintes só fizeram confirmar que o mal vez por outra dá as caras, varrendo tudo à sua volta. O massacre israelense na Faixa de Gaza, que chega ao oitavo dia com centenas de mortes de civis, é mais uma demonstração de maldade bruta e, portanto, de fascismo. O que se promove na região é, guardadas as proporções com a Segunda Guerra, o holocausto de um povo, assistido com indiferença pelas grandes nações que deveriam coibi-lo. De certa forma, o episódio nos remete à segunda metade da década de 30, quando Hitler foi progressivamente se apropriando à força de territórios alheios sob o olhar complacente dos vizinhos. Deu no que deu. Claro, não estamos à beira de uma nova guerra mundial, mas vislumbramos um futuro sombrio, com estilhaços para todo lado. E desta vez os judeus não são as vítimas.

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